Redes Sociais e a Necessidade De Reconhecer a Conexão Humana


Nicholas Christakis MD, PhD e James Fowler PhD no seu livro Connected: The Amazing Power of Social Networks and How They Shape Our Lives ( http://connectedthebook.com/ ):

Trabalharmos Juntos Gera Uma Forma Superior de Vida
"Trabalhando juntas, células, geram uma forma superior de vida que é inteiramente diferente das composições interiores de uma célula única. Por exemplo, a nossa digestão não é uma função de qualquer célula única ou até alguns tipos de células. Em semelhança, nossos pensamentos não estão localizados num dado neurónio, eles surgem do padrão de ligações entre os neurónios. Sejam células, formigas ou humanos, novas propriedades de um grupo conseguem emergir das interacções de indivíduos. E interacções cooperativas são os padrões de maioria dos nossos maiores saltos evolucionários que ocorreram desde a origem da vida, considere a aglomeração de organismos unicelulares em organismos pluricelulares e a reunião de indivíduos em super-organismos.”

Redes Sociais Reflectem a Nossa Inter-conectividade
"As redes que criamos têm vidas próprias. Elas crescem, mudam, reproduzem-se, sobrevivem e morrem. Coisas fluem e movimentam-se dentro delas. Uma rede social é uma espécie de super-organismo humano, com uma autonomia e fisiologia, uma estrutura e função, própria. 
Diferente da que qualquer pessoa conseguiria sozinha. As nossas contribuições locais para a rede social humana têm consequências globais que tocam nas vidas de milhares todos os dias e ajudam-nos a alcançar muito mais que a construção de torres ou a destruição de muros. Uma colónia de formigas é um super-organismo protótipo, com propriedades não aparentes nas próprias formigas, propriedades que surgem das interacções e cooperação das formigas. Ao se unirem, as formigas criam algo que transcende o indivíduo: complexos formigueiros florescem como torres da Babilónia miniatura, tentando crianças travessas para a acção. Uma formiga única que achou o seu caminho para um jarro de açúcar ambos os sucessos são tornados possíveis pelos esforços e comunicação coordenados de muitas formigas. Todavia, de uma maneira, estes indivíduos solitários, formigas e astronautas, ambos partes de um super-organismo, não são diferentes do tentáculo de um polvo enviado para sondar uma fenda oculta. Na realidade, células dentro de organismos pluricelulares podem ser entendidas de uma maneira muito semelhante. 
Como um sistema nervoso mundial, nossas redes permitem-nos enviar e receber mensagens para praticamente cada outra pessoa no planeta. À medida que nos tornamos hiper-conectados, a informação circula mais eficientemente, interagimos mais facilmente e gerimos mais tipos diferentes de ligações sociais todos os dias. Todas estas mudanças tornam-nos, Homo dictyous (Homem Rede), ainda mais como um super-organismo que age com um propósito comum. A habilidade das redes criarem e sustentarem as nossas metas comuns continua a se fortalecer. E tudo o que agora se espalha de pessoa para pessoa em breve se espalhará mais longe e rápido, promovendo novas qualidades a emergirem à medida que a escala de interacções aumenta.”


A Necessidade de Compreender a Conexão Humana
"Individualismo e o holismo iluminam a condição humana, mas falham algo essencial. Em contraste a estas duas condições, a ciência das redes sociais oferece uma nova maneira de compreender a sociedade humana porque ela se trata de indivíduos, grupos e, certamente, sobre como os anteriores se tornam os posteriores. Interligações entre pessoas dão origem a fenómenos que não estão presentes em indivíduos ou redutores aos seus desejos solitários e acções. Certamente, a própria cultura é tal um fenómeno. Quando perdemos as nossas conexões, perdemos tudo. 
Cientistas estão também cada vez mais a ver eventos como terramotos, incêndios, extinções de espécies, mudança climatérica, batimento cardíaco, revoluções e quedas de mercados como explosões de actividade num sistema maior, inteligíveis somente quando estudadas no contexto de muitos exemplos do mesmo fenómeno. Eles estão a voltar a sua atenção para como e porquê as partes se encaixam e as regras que governam a interconexão e coerência. Compreender a estrutura e função das redes sociais e compreender os fenómenos de emergência (ou seja a origem das propriedades colectivas do todo não encontradas nas partes) são assim elementos deste movimento cientifico maior. 
O grande projecto do século vinte e um, compreender como o todo da humanidade chega a ser maior que a soma das suas partes, é só o princípio. Como uma criança a despertar, o super-organismo humano está a tornar-se auto-consciente e isto seguramente nos ajudará a alcançar as nossas metas. Mas a maior dádiva desta consciência será a clara alegria da auto-descoberta e a realização de que para verdadeiramente nos conhecermos a nós mesmos precisamos primeiro de compreender como e porque estamos todos ligados.

Adicionalmente:
http://youtu.be/x78fU3l_P1Y
http://youtu.be/wLeUv8o3FHg
http://youtu.be/3Q0hAG7By54
http://youtu.be/wadBvDPeE4E

FOTO por NASA's Marshall Space Flight Center @ Flickr

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